domingo, 9 de outubro de 2011



Natais
A infância é esquecida pouco a pouco enquanto crescemos, amadurecemos e adquirimos experiências. Mas certos momentos dela são inesquecíveis.
                Histórias de tempos difíceis tendem a se destacar sobre histórias felizes. Nunca esquecerei o choro da minha prima enquanto o túmulo do meu avô era concretado sob palavras de um padre. Mas gostaria de relatar, um pouco, as ocasiões em que os familiares se reuniram e o senhor Arno estava presente.
                A família da minha mãe, os parentes mais próximos, se reuniam para almoços comemorativos na casa da minha avó. Muita massa caseira com molho de tomate, muita carne de churrasco, muito chope para os adultos, e muita atenção sobre as crianças para se garantir que os dedinhos não iriam ser passados ao redor da torta.
                A “Vó Chica” e a “Mãe Léo” não almoçavam sentadas na mesa, pois estavam sempre preocupadas em garantir a comida para todos os presentes, distribuídos em duas mesas postas juntas.
                O dia só terminava por volta das quatro horas da tarde, depois de lavar a louça, arrumar o porão e colocar as cadeiras emprestadas nos porta-malas. Assim, todos os cansados participantes iam para casa tranquilos.

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